
Dra. Heloisa Juliana Zabeu Rossi Costa
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Regeneração pós-traumática do nervo facial
por Dra. Heloisa Juliana Zabeu Rossi Costa
A paralisia facial periférica traumática (PFPT) é uma afecção freqüente na atualidade em decorrência do alto número de acidentes automobilísticos, atropelamentos, ferimentos por projéteis de arma de fogo1-4.
O tratamento para os casos de secção completa do nervo facial tem sido aprimorado com o desenvolvimento de técnicas de reparo neural microcirúrgico. Porém, nas lesões incompletas do nervo, a terapêutica é clínica e depende da pesquisa de novas drogas ou de métodos que auxiliem no processo de regeneração neural5.
Na busca do modelo mais adequado para pesquisa experimental de substâncias sistêmicas que atuem na regeneração pós-traumática do nervo facial, encontra-se na literatura grande diversificação metodológica (espécies animais, sítio e método de lesão, tempo de evolução, e meios de análise funcional e histológica).
Existe um modelo experimental padronizado para pesquisas em nervo periférico com a utilização de nervo ciático de ratos6-12; porém, o nervo facial não responde à reparação de modo semelhante aos nervos periféricos13-19.
É importante estudar a regeneração específica do nervo facial, e não apenas transpor resultados de pesquisas em nervos periféricos para as lesões deste nervo craniano. Não existem trabalhos na literatura em que se tenha realizado a contagem do número de axônios mielinizados do tronco do nervo facial em coelhos na avaliação da regeneração neural.
O objetivo deste trabalho é o estudo da regeneração pós-traumática do nervo facial de coelhos, por meio de avaliação funcional da movimentação da face e por análise histológica qualitativa e quantitativa do nervo facial traumatizado comparado ao nervo facial normal.